Não espere de mim nada do que o seu
cerne pode transpor ao cérebro.
Não entregue a mim os aspiros maniqueístas
de nosso tempo.
Não os debruce sobre a mesa.
Não os acolha numa noite de chuva
Não os abrace quando sentir medo do inesperado-invisível
Não acredite, não lhes dê ouvidos
Eles trairão seus vislumbres
E atearão fogo n'onde moram suas certezas e expectativas.
Pois o que sai de mim
Nunca será correspondente,
adequado,
digerido
ou facilmente rotulado.
Não pertenço,
não me encaixo,
não atendo,
não me enquadro,
Não sou parte,
não o faço,
E o meu canto,
Nunca será o que você espera.