Thursday, December 17, 2015

worm little bastard

you're not as strong as you think.
You're not even important for the course of the time.
We're all running away from what you think
We're living our lives
We're super heroes of ourselves
And thinking  of you is a waste of time.

;]


So, make a favor to us all,

kill yourself or suck my kiss

Monday, November 23, 2015

Até virar estrela

Algumas coisas aprendi depois de muito machucar a mim mesma e a quem mais me ama.
Independente de quantas brigas, ou do peso que carregamos, hoje, nos tornamos livres e exímios de maledicência.
Não importa os pedaços que ficaram no meio do caminho, ou as pessoas que não seguiram.
Se agora a mão que apedreja outro dia te afagava, tudo bem... É assim mesmo. Vale a pena certas experiências e sacrifícios.
No final das contas, o excesso vai e o essencial fica
E o que fica,
leva-se pro resto da vida. 



Wednesday, October 7, 2015

Carina e Eu

Encontrei Carina hoje no ônibus. Ela estava mais magra, mais cansada, com olheiras... E mais linda. Não sei se foi o calor infernal, ou a nova cor do cabelo, mas todo o frame "desfavorável" só a fez ainda mais interessante para mim.

Agora, depois de algum tempo, pude notar melhor alguns detalhes de suas tatuagens: O Shiva desbotado, a coruja-joaninha que o amigo dela chama de ET, o coração pequenininho avermelhado na mão direita... Tudo parecia sincronizado com os movimentos de seus braços. 


Ela falava coisas enquanto sorria feito bêbada, sua voz estava alta, como quando se fala em boates ou em shows, e mesmo com o aperto entre as pessoas até o fim do ônibus, as palavras que ela dizia só ficavam ainda mais atraentes para mim.

Ela contou como lugares públicos lhe serviam de inspiração para escrever as suas peças de teatro, e falou também o quanto detestava as pessoas metidas na nova faculdade que estava frequentando. Seu curso ainda era insípido, mas poderia conquistar seu paladar com o decorrer dos semestres. O que ela quer mesmo está muito próximo a mim, e isso me anima. Esse ano vai fazer vestibular de novo, e quem sabe se esbarrar comigo nos corredores de algum prédio.

Não sei se fui tão interessante para ela, quanto ela foi para mim, mas semana que vem vamos nos encontrar pra dropar um doce ou só ouvir música mesmo...  







Wednesday, September 30, 2015

Misérables

Ainda estou soluçando.
O espaço de tempo é muito curto, parece que se rasteja contra o vento
e não há nada que impeça essa sensação de que estou me afogando. 
Imerjo na inércia.
Aflatos me assaltam o sossego;
Mas continuo amorfa por dentro.

Enquanto estou aqui, prefiro o silêncio.

Thursday, September 17, 2015

The Flow

The lamb,
the rat,
and the monster:

There he goes: The traveller time!


Monday, September 14, 2015


O naufrágio de Odisseu,
by Johann Heinrich Füssli (1802)

Wednesday, August 12, 2015

Friday, August 7, 2015

Trilha

Em que nos tornamos?

Para onde estamos indo?


As certezas que eu tenho hoje não são as mesmas.


Vejo dúvidas e vontades de resolução.

A única bússola existente nos aponta pra nós mesmos.

Se pudesse reverteria o dano que nos causamos,

Se puder, ainda quero.
Se ainda houver tempo.
Se, de fato, nada é irreversível, exceto a morte.
Se, realmente a liga que nos funde é mais forte que nós mesmos,
[como um dia, já senti]


Enquanto der, ainda vou dizer "te amo",
porque essa é a verdade que mais me trouxe alegria até hoje,
desde o dia em que nos encontramos.

Se puder, se realmente for, e se houver espaço -
haverá amor.




Tuesday, August 4, 2015

Apocalypse

I don't fit here or any place else.
I'm a shooting star waiting for the time
when I'll probably gonna die,
or find the stairway they should build to heavens

I feel like I'm about to explode

Suddenly blood, sugar and nicotine
comes out of my body 
like a waterfall with no end

Hold on my gross,

Put all my fingers together and bring the lighter to set me on fire

And then, it will be the end of a miserable lyric with no soul to be reminded

A palm with no whisper to replay
A french horn with no empty boxes to restart

Just this poor little bastard... So young and so ready to die.



ilustração: agnes cecille

Monday, August 3, 2015

No regrets

Abria os olhos e lá estavámos nós, abraçados
O mundo seguiu girando independente do que tinha acontecido.
Mesmo assim, eu não senti frio, nem medo.

Não pensei estar errada, nem se deveria voltar atrás.

Senti apenas os seus braços a minha volta,

e toda a atmosfera que tínhamos criado.


Monday, July 27, 2015

vice e versa

The evil twin inside of me says:

You should wait,

The wise one it's warning again:

Don't create expectations about  anything

Never.

[or was otherwise?]

Thursday, June 11, 2015

Estórias de Bolso: Marasmos | Capítulo I: A Volta dos que deveriam ter ido a muito tempo

Ela se distraiu por alguns segundos,
quando olhou de volta, tudo já estava fora do lugar.

Ligou o rádio, abriu o saco de caramelos e começou a desempacotar
cada incerteza que trouxe da viagem.

"Essa aqui deve ser sobre Serena" 

Olhou pra camisa que tira de dentro da mala.
Abriu mais um caramelo
E enfiou na
Boca.

TRIIIIIM

Ótimo! Vou ter que dar sinal de vida!


- Alô?

- Oi, Michaela?! Já voltou?

Porra, óbvio, né? Se eu atendi o telefone de casa. inergumina! 

- Ah, voltei, sim! Foi tudo ótimo!

- Que bom! Estávamos preocupados! Você saiu sem dar notícias... Pensamos que tinha morrido

Talvez eu devesse mesmo.

- Ah sim, reunião de emergência.. Acontece...

- E ai? Festa hoje né? Te encontro às sete no largo?

Sair ou me esconder? Posso inventar alguma doença também. Não sei porque atendi o telefone...

-  Michaela?

- Oi? Então... Acho que sim. Te ligo. Tchau.









Monday, May 25, 2015

UNA

Sozinha ando comigo
e ouço o que me angustia.
Me abraço e caminho.
Seguimos  juntas,
nós -
Eu e ela mesma.
Somos eu,

 uma só.


Wednesday, May 13, 2015

Líquido

the full space from my time 
I see bleed and falling stars
all fooling around me 

And I can't contain all inside 


Inside me



Illustration by: Robert Gonsalves

Tuesday, April 28, 2015

Ostara

Me disse que já queria ir porque o vazio de instantes
lhe causaria ainda maior pavor que não viver o restante 
dos dias em casa.

Após um longo período andarilhante
Além d'lá

Ferida,
cansada,
queria molhar os pés na água
Pôr a cabeça ao vento
toda ao salitre do mar


Não faz nem tanto tempo,

e era isso que sempre fazia
Às tardes, ao relento
À lira
Óh tempo!


O tempo lhe trouxe de volta.

Cá estava aspergida
"espairante"

Lívida
como nunca antes.

Nasceu
Cresceu
Brilhou

E Atingiu seu "inalcançante" pulsar

Continuaria ali,

no céu,
brilhando 
como a Alma
que sempre lhe pedira.

Á noite, lá
 ela

está.

Friday, April 17, 2015

RASCUNHO - Alfa e ÔMEGA

O esboço das camadas de mim transpareciam em seus olhos.

Sim.
Sou contorno.
Extrato Forte.

Insana.
Insônia.

Sou isso sim!

Eu
Sou.


O motivo de suas patas imundas ainda tocarem o chão.
A fonte de luz que te traz alusão
A clave de sono na escuridão

O fogo do ápice trazida à paixão
A podreira da mente que transgride o Santo Graal 

A imensidão do seu minúsculo ser.


Eu
Sou.





Wednesday, April 15, 2015

Apenas um cão



Cecília Meireles

Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim – plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito eis-me no patamar. E aos meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal no pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. É um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas.

              Com grande esforço, acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonho-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem... Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves, acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir. Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para tratamento... Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente, inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica.

              Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens. Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu.

              Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis. Esteve no meu alcance, talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim, humilhado, e tão digno, no entanto; como alguém que respeitosamente pede desculpas por ter ocupado um lugar que não era o seu. Depois pensei que nós todos somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.

Friday, March 13, 2015

Marca-passo

we're drowning to the bottle
the end of the roof
where there's no footsteps


just

the falling

Thursday, March 12, 2015

Cerâmica de azulejos


ás vezes sinto falta dos meus sapatos de criança,
da minha insensatez juvenil,
dos abraços apertados 

dados depois
de sonhos mau digeridos,
interpretados

e daquela canção que minha mãe cantava pra serenar-me o espírito;

ás vezes sinto falta de não me preocupar com nada

e fazer de cada saída com a família
um acervo de boas lembranças
pra desembrulhar numa noite de lua cheia,

em que o sono não vem 

ás vezes eu lembro que já fui criança, 

e depois fiquei mais crescidinha,
depois mais "mocinha",

depois adolescente,
e agora adulta

e isso me faz lembrar que um dia serei idosa,
com olhos enrugados,
sorriso cansado,
e mechas pretas desfiadas por entre os fios de meu cabelo prateado.






Tuesday, February 10, 2015

Eutanásia I

"(...)  Acho que o medo me paralisa antes mesmo da resposta. No final das contas, meu diagnóstico prévio e equivocado é o que sustém minha dor e o pavor de assobiar desafinado.
Retive o sangue, porque doía sangrar. Mas doei tudo o que pude quando você precisou. Te daria tudo se não fosse a morte de mim mesma. 


Mas estou doente e morrendo aos poucos
(...)"

O Fim do Mundo

                   Cecília Meireles 

A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste - mas que importância tem a tristeza das crianças?

Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.

Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos - além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus - dono de todos os mundos - que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos - segundo leio - que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração.
Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos - insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

Monday, February 2, 2015

Daemon

Parecia estar acordada, olhando pro tripé onde ficam minhas roupas usadas. Trouxe os olhos para as roupas de novo e vi o que parecia o contorno de mulher. 

Era sim, uma mulher. Com afeição jovem, rosto liso, pele negra, cabelos longos encaracolados, vestia uma saia grande, com os seios a mostra e lábios vermelhos, carnudos. Os peitos dela me davam vontade de lamber os meus.


Falei pra ela vir a minha cama. Falei, mas sem mexer os lábios.


Ela sorriu e tirou de si mesma um colar cheio de pingentes, com símbolos diversos. Só me lembro de alguns: uma estrela, uma lança... Vários pingentes, pareciam ser uns doze. Duas vezes a meia dúzia.

Ela veio até meu corpo, que estava ainda deitado, esparramado pela cama. Ela veio, mas sem mover seu corpo.

Estava em cima de mim,  quando estendeu o colar perto do meu pescoço disse para pegá-lo: 


É um presente..


Então veio uma voz, invandindo a minha mente e a imensidão que se criara entre o meio de nós duas: "bruxa! é bruxaria!"

A mulher chorou e foi sugada pela porta do quarto. que estava fechada. E eu, ainda imóvel, não pude ajudá-la.

Deitava estava, deitada fiquei.

Das frestas da porta, surgia uma nuvem espessa, nefasta. Senti algum medo, pelo risco de também ser succionada.

Peguei o colar - se o fiz, foi também sem movimentos - e quando minha mão tocou o sibilar prateado da estrela, minha alma voltou ao meu corpo, então levantei.

Abri os olhos, de novo em meu quarto. Não havia mulher colar ou pingente, apenas o aviso transladado pelo intra-ethos-subconsciente.

Era um recado de Daemon.







Thursday, January 22, 2015

Maestria

Mesmo com as janelas fechadas, o som da chuva estava muito nítido. Parecia que os pingos esbravejavam dentro do quarto. Desenhava, quando deixei cair de cima da cama um lápis-de-cor. Enquanto ele ainda não alcançava o chão, consegui olhar bem pra sua ponta vermelha afiada e bem feita. Estava perto, poderia alcançá-lo, mas não o fiz. Deixei cair, o vi caindo...Como num minuto de segundos eternos... Ele soltou de meus dedos e seguiu a expectativa da gravidade.
Iria tocar o chão, quebrar a ponta, estilhaçar por dentro... Mas não o impedi de soltar da minha mão e cair. O deixei cair...

Quanto mais se aproximava do piso, mas inerte e aparentemente apática estava, meus olhos o fitavam, com um certo arrependimento postiço. Talvez quisesse mesmo que caísse e quebrasse a ponta em mil pedacinhos, mas não queria vê-lo inútil, machucado. Apenas.... O deixei cair...

No instante da aterrizagem inevitável, como se esperava, o vi quebrar. Partir ao meio. E eu ali, sentada, ainda inerte. Apenas o olhei, de cima da cama, ainda com os desenhos entreabertos. Ali, acolchoada, minha alma contrastava com a turbulência da chuva, que assim como o meu lápis de cor, caia lá fora.

Descruzei as pernas. Ameacei pôr o pé direito pra fora da cama. Algum  pensamento tentou nascer por dentro, mas antes mesmo que pudesse vir ao Mundo das Ideias, meu corpo seguiu o entrelace natural de meus instintos, e como n'um balé pré-visto das cinzas, pisei nos pedaços vermelhos da ponta do lápis que se espalharam pelo chão.

Pisei neles, ali de cima.

It felt so good...

A púrpura da ponta se misturava com algumas gotas de chuva que adentraram o quarto.Se misturava como uma canção, e meus dedos eram o maestro. Dissolvi todo o vermelho naquelas manchas de água até se tornarem poças ensanguentadas.

Dentro do meu quarto, em cima de minha cama, transformei  a chuva n'um poço de vinho.


                  

Friday, January 9, 2015

Balloons

I hope stay calm to feel inside of
our souls the way we truly are
I' m sorry if i've been so overpast
under control
or too ununderstandable

Or, I'm sorry, if I'm going too fast

to the bottom of the cage...

But, if I stop in front of myself,

you can wake me up
with your tongue

I'll not rescue you from me


I'll not stop if you want to be with me

Cause we're already floating to far
far away from the others
from the ghost of loneliness
                  
We're being floating and don't even noticed
how far away we are

how close we are
from ourselves