Friday, June 27, 2014

Redemption

Your love reminds me everything that's true,
pure,
real,
and that someday I forgot.


I don't know why. but someway
I was convinced
That all about being is bullshit


So I stand alone,
walking on my own.
Step on myself

Needing none.
At least, I thought I didn't .


But then you kissed my soul,
you kissed me so
So deep was your touch


"sweet touch"

Suddenly I was alive
Now I'm for real,
Realize:


Sorry, honey, if sometimes I seems mortified
for no reason


It's just ' cause your love
is recovering me


I'm remembering

What I already knew 
What we used to know when we're child...
But someday, for some reason, sometimes,
We forget to remind.

Thursday, June 26, 2014

Gray

Se por uma tênue palavra já não te valho mais nada,
então, na verdade,
nunca te vali muita coisa.

Monday, June 23, 2014

Corriqueira

Parece que as pessoas fazem questão de se mostrar bem normais ou bem sem-graça. Talvez elas façam isso pra se adaptar à escassez de assunto factual e emergente - mal que assola qualquer um de nós mortais, desde o menos afortunado de atenção até o mais bem informado. Ou talvez esta seja apenas a forma mais fácil de se inserir rapidamente num grupo, em qualquer meio que seja. 

Por entre esse bando de normalidades e corriqueirices, não poderia deixar de desconfiar que talvez exista uma Máxima Regente para as demais regras usuais de convivência.
Por extenso, parece complicado, mas tecendo a prática, até que fica mais fácil. 
Então, vamos lá:
Pegue um bloco e tome nota - vai que você fica preso no elevador com aquele vizinho de novo? (Inclusive, antes de continuar a leitura, preciso salientar,  'sse menino leitor, que as dicas aqui descritas não são refutadas pelas ciências biológica ou antropológica, apenas datam da minha humilde observância tão comum e corriqueira quanto as frases que lerá a seguir) :

Então? Qual o papo do dia? Bom saber!
O resultado da programa - que pode ser um Reality Show, ou não. 
E aquele galã da novela das 6? - que você não acompanha, mas de vez em quando zapiando a Televisão, procurando "o canal de cultura", acaba esbarrando lá e ficando até começar a das 8?

Repita aquelas frases. Aquelas bordoinhas  (bordões/ladainhas)  de sempre e sorria! Pronto! 
Agora você está incluso no Extrato do Mercado Social:

Selfieservice,
Tome uma mesa,
Duas cadeiras.

E cruze as pernas. As deixe bem fechadas para que ninguém note como você é quando chega em casa e toma aquela cervejinha. 


.

Even if you don't talk,
I hear your voice inside of me.

I love it.

Expediente

Tornei cifrão em cifra.
E preferi fazer canção
a datilografar chacina.

Melhor falar de amor, e mesmo de tristeza,
mas com paixão
e serpentina.

Preferi deixar pra trás os "desnorteios"
preteridos à sapiência.


Sapiência pedante,
dos velhos
encrustrados, eu diria.

Não, não a quero.

"Quero antes o lirismo dos loucos"

E o amor daqueles que não
mapeiam o luar
como conta gota de estrela.

Quero aquele que não
sofre pelo amanhã
de sombra serena.

Quero que os ventos nos beijem os rostos,
em brisa
E nosso caminho siga
entorpecido,
inebriado,
lírico,

Verídico, porém
fora do metricismo que se dita.

I want you

Sunday, June 22, 2014

Mesa Branca

You bring out my Soul
You bring me out a Soul

Don't  you tell you?
Don't you know?

Don't you know that You bring up my soul?

Opera

You were asking
Why I don't* sing.
Maybe is because
I don't sing anything, anyway

And isn't my fault,

Or darling, I swear

Isn't my fault

Maybe is not,
Maybe it is.

Maybe the problem is that I've tried

I try hard to being out of me
And do not to show you a thing

Because I'm surprised

Now I'm like  a child
Smiling

Smiles,
Smile with me.

Smile,
 because you're the reason of this
Smile,
'Cause you know I'm falling out of my steps
Smile,
'Cause, even today,
I'm still smiling
And
I'm still beginning
And
I'm still feeling
And
I'm still
the same kid

That I'm
to me.

*verbo modificado em respeito à opiniões amigas - sobre o verbo e sobre a voz


Just sayin'

Olham muito,
Fazem pouco
Sentem tanto
e Vivem nada.

Saturday, June 21, 2014

Cartas rasgadas.

Me perdoe por não saber que não te amaria desse jeito.
Perdoe por não imaginar que Amor nasceria d'onde menos esperava

E agora minha alma está tomada
sem espaço pra você,
pra o que não foi
Pra mais nada.

Perdoe por não conseguir saber o que falar,
porque por mais que tente,
nunca vou saber o que se passa pela sua cabeça.

Só espero que sigamos
e A Felicidade siga
Pro caminho, certo,
 pr'onde deve nos levar.





Estórias de Bolso: A Passagem - Capítulo III

Agora que a nuvem foi embora
Ficou mais fácil ver por entre a neblina.
Na verdade nossa fauna era densa e colorida
Mas não a víamos por insensatez da nobreza.

Não sei  se continuam mentalizando,
mas
suas
vozes
ainda ecoam na esfera

Ficam ali embaralhadas pelo canto todo
do ar

Talvez estejamos perto do caminho
Ou talvez seja só impressão minha.

Deixo o transmissor
Aceso

ASS:
AlgumespÍRITOQualqUER Espírito


CAPÍTULOS ANTERIORES DE "A PASSAGEM"

Capítulo I
Capítulo II

Capítulo IV




Shades Of Grey, Iran do Espírito Santo

Thursday, June 19, 2014

Usted.

Três dias sem roupa
Trajando sua pele
Vestindo teu corpo por cima do meu


Três dias seguidos,
num piscar de olhos,
passaram
como se não tivesse
fim

Branco
Rubro
Negro

Tons espairados pelo quarto.

Anoto alguns versos,
por dentro,
de caneta

Componho uma bossa,
em mente
com baqueta.

E assim
Seguimos ao som
Dos profanos


Que deixam de viver a rotina,
que faltam o trabalho por dias,
que filam a escola
que adiam a partida

E vivem a vida
se amando por mais tempo

Wednesday, June 18, 2014

Primeiridade


Usted


Estórias de Bolso: Eduardo e Pâmela | Capítulo VI- The Flower

Rana era ruiva e revolta em demasia. Mas quando virava as chaves na tranca da porta de casa, o descanso imperial se apoderava de seu corpo,seus pensamentos,suas guias.

- Ainda bem! 


Conseguia respirar. Não que suportasse muitos desaforos normalmente,
mas chegar aonde chegou noite passada... Não podia !

 
- Que droga!

A bota preta de couro esbarra na comida de Sabrina. 


- Só espero que ainda tenha ração na dispensa. 


Eduardo sempre convencia Rana a fazer o que queria.
Mesmo que não quisesse,Mesmo que não tivesse a menor paciência pra aquele bando de burguesinho surfista  que compunha a ladainha interminável dos primos da família,

Rana acabava indo pros programas drogados que Eduardo propunha.


D'uma vez era uma ilha no sul da Indonésia cheia de mosquitos, chuva e narcóticos artesanais do oriente.

D'outro dia, um navio ancorado entre a ilha de Tortuga e o Caribe - mais mosquitos, ondas, calor, chuva e outros narcóticos orientais com tempero "de porção setentrional"

Rana trouxe de lembrança, d'umas dessas viagens esdrúxulas,
um tabladinho de papoula.


Extrato belo, ovulado -  lembranças d'um Irã transluzente. 

Ficou lindo no centro do quarto.
Branca, brilhosa. 

Parecia uma pedra encantada. 
No meio das cortinas, feitas tipo renda, 
vinho-aveludadas
O pilado lá era o lustre do recinto!
Refletiam lembranças do músico,
Tarso. 

Do comércio em Mashhad, ele parecia o mais pobre de intenções,despreocupado.
Tinha só uma cítara,
alguns panos de linho e seda,
 
e um sorrisomoreno,engraçado
 - 
Belíssimo!

- Are you lost, ma'am?

Foi a primeira  frase de Tarso pra Rana.

Sua voz rasgada percussionava seus tímpanos até trazer o degrau pra outra dimensão.


- No - responde Rana com muita dificuldade, e todo seu poder de concentração - I'm fine, I just.. I've got to find my friends. 


Sol no rosto,
Tantos tecidos no corpo,
mais a Luz nos olhos... 


A consciência de Rana escoara
- Era a Aluição.                                                                   

 Fluido,                                                                                                                                                                  Deslocamento.

Seus olhos foram deslocados pra dentro,                                                                                            
Seu corpo deslocado pr'o chão.

 
Rana ruiva estava agora caída no meio do Mercado                                                                                         com os lenços embaralhados sobre os braços e os lábios vermelhos no piso de terra.




CAPÍTULOS ANTERIORES:

Cap I - Last Night
Cap II - Happy New Year
Cap III - Deep Inside
Cap IV - Another Step
Cap V - Across The Universe









Friday, June 13, 2014

Presse*

Anota
Olfato
que
acinzentam o dia..

Descolore

Tira
definha
o fôlego

pouco

pouco
.
pouco
a
pouco

.

.
.
um segundo
menos um de vida.

Uma hora

menos tom
de tinta.

Menos

Um acerto
de tira.

Tira menos,

tiranaguá
Tira mais

Até não ter mais nada...

* Palavra do idioma francês


Wednesday, June 11, 2014

Pensamentos Dispersos: Capitulo 2 - Je t'aime

Resposta:

Eu te amo.
E não sei por que esse intento,

Inconstante comedimento
que te tolhe
e te pára sem dizer
o que ama falar.

Só me ame,
do mesmo jeito que tenho desejo,
da mesma forma que me olho ao espelho
Sentindo falta de sua afeição
À minha volta.

Me ame,
venha logo e não tenha mais medo!
Se te visses assim como vejo
Entenderia o por quê
de meu amar.

Se te amo,
Compreenda que não é preciso
compreender muito mais do que isso:

Pois te amo,
e isso já basta.

Pensamentos Dispersos: Capitulo 1 - Comedimento

Eu não sei se era muito demais,
eu não sei se estava a exacerbar
Eu não sei se me escapa
Se transpassa
Se rodeia
Se desdobra
Se sobeja
Tanto sobre si
sobre isso que está.

Eu não sei  se me passa
Muito demais
Se devia

menos falar
Se encontro
tanto que evito
tanto que eu quero
por isso,
desfingo

amar.

Pois amo,
Talvez nem tanto,

Mas agora,
amo.

Talvez nem ame,
mas por enquanto,
amo.

E por sua culpa,
quero amar.


Monday, June 9, 2014

Unboxed

I'm not small,
I'm not white,
I'm not shy
I can't fit in some predicatives
And whispers of imagination
standardized.
I've come not from there
I came from another place.

Sunday, June 8, 2014

Valentim I

Oh, pequena narcisa
Quantas vezes você se olha no espelho e não vê
Pequena narcisa,
Que o maior desencanto de si é você.

Pequena narcisa,
o reflexo que te mostra o espelho
não tem,
Pequena narcisa,
A luz Aura de sua verdade
escondida.

Ah pequena narcisa,
se soubesse que aos poucos tudo muda de um jeito tão
funéreo
frívolo
Fúnebre
Inconstante
Saberia, pequena narcisa
Que não há tempos, não há fatos que te faça esquecer
O que sabe,

Pequena narcisa,
Não adianta marcar encontro com o espelho
que não te faz acender
É postiço,
é distante,
é efêmero.

Pequena narcisa, o que precisa é afogar-se em si mesma
Como Flora de verdade
Vai que aflora de verdade

Pequena narcisa...




Já é Domingo.

Outro dia era sábado.
e a noite transcorria
derradeira,
arrastada,
hora a hora
devagar.

Ontem mesmo era passado
e a gente olhava no canto
do fundo
dos olhos
pra sentir nosso encanto
desencontrado
ressonar.

Outro dia éramos nada
só estórias de linhas cruzadas
não nos éramos
não nos tínhamos
não sabíamos
só haviam
apreços a distância
só vontades
esvairadas só mais isso
e mais nada.

Ontem mesmo estávamos sentados,
Com pernas enroladas
assim em cima uma da outra
Falamos besteiras
Cantamos bobagens
Estando em tudo
aos poucos,
em partes,
Seguindo o fluxo
entrelace dos dedos
que abre
de dentro pra fora -
Desejo.

Mãos,
Pele,
beijos,
Olhos...

Amanheceu o céu
com a cor de seus olhos

Ontem mesmo já é hoje.
E você está
comigo.

Monday, June 2, 2014

Estórias de Bolso: Eduardo e Pâmela | Capítulo V - Across the Universe

Se por um lado Eduardo sentia falta de Pâmela - e talvez cultivasse algum receio
por te-la deixado sair assim, porta a fora, sem olhar nos olhos - havia, também, uma tranquilidade absurda dentro de seu Universo.



O fluxo era corrente, aceso
do vento na janela,
do assobio na porta.

Aceno do sol alastrado no dia.

- Bom dia!

- Boa tarde, né, meu bem?

- Nossa que horas são?

- Acho que devem ser umas quatro, talvez...

Rana era ruiva e revolta. Acabara de acordar
sem senso de tempo e espaço,
mas convinha-lhe a certeza de que aquela informação, dada por Eduardo, era equivocada.

Sai do closet. Esbarra num copo de whisky.
Anda pelo quarto. Atravessa a escrivaninha.

- Aqui. Aqui ó! Que quatro o que? Nem deu duas horas ainda! - certificou-se no rádinho de pia, que estava em cima da tampa, do criado mudo.

- Porra! Tinha certeza que já eram quatro! - Eduardo se aproxima da janela, traz consigo uma garrafa de rum pela metade. - Vai ficar por aqui? Vamos almoçar juntos?

- Não sei. Estava pensando em dar um pulo em casa. Sabrina ta sozinha a dois dias.

A verdade é que Rana revolta não suportava aquele cheiro de álcool dormido. Lhe dava nojo toda aquela balburdia armada.  Só aceitou o convite porque já estava, a três dias, alta:

3 dadinhos de LSD
e
2 gotas dropadas.




Ilustração Agnes Cecile 


CAPÍTULOS ANTERIORES:

Cap I - Last Night
Cap II - Happy New Year
Cap III - Deep Inside
Cap IV -
Another Step

PRÓXIMOS CAPÍTULOS:

Cap VI - The Flower




















 



Sunday, June 1, 2014

Paixão {part1}

A beleza noturna me inebria.
A pulsante noção do Ser,
me alucina.

Amo o som,
Amo ser,
Amo estar

Amo a vida.

Nitidez

Voltaria pra dizer que não sou assim tão inocente,
e muito menos necessitada.

Tenho carne.
Tenho vísceras.
Tenho carmas.
Mas não morro pelo tempo que passou,
nem me pergunto se faltou de algum jeito.

Reza a lenda.
Foi-se o tempo.
Jaz o medo.

Sinceramente, não entendo
o descontentamento da insônia.
Ela que se acalme,
pois meus sonhos me alimentam.

E não sei até que ponto você me vê
- muito provavelmente, muito pouco -
mas também como te vejo
de longe,
parecendo estar perto,
Não te culpo.

Ainda trago o belisco de verdade.
Amanhã te digo,
Amanhã rabisco.
Hoje ainda desfaço o
soberbo
feitiço

pra dar lugar

- Abre alas!

Pro verídico.