Thursday, October 19, 2017

o exaspero de si

Depois daquela noite, tornei a reler
aquilo que sobressaia de mim
quando ainda era a época,
na qual o tempo era o signo que roubava o censo insosso de plano, 
que todos pareciam ter.

Voltei ao soturno
Ao inverno diurno inerente à mim -
Um outro olhar d'um outro espaço à sós 
Até volvi ao concernimento vernacular que há muitos espectros não nutria mais.

Pra que esperar por mais um ano?

Por que calcular todos ângulos?
A razão, eu não quero.
Já a tive bem perto, 
e como principal 
consoante do ser.

Já que partilho da instância em que 

somos um só e nada faz sentido, 
as ações estão soltas out there
esperando for ourselves  
para serem devidamente transfundidas ao fluxo constante 
dos ressignificantes
pr'além de diagramas paramentados.


o desterro das coisas

te vi assim
inconsolável pela morte prematura 
daquele corpo 
que se estilhaçou no chão

te vi sofrer,
o vi cair
mas nada pude fazer
para evitar 
a ordem natural dos fatores
que equalizaram
esta nefasta colisão.

entre solo
e aparelho
não houve aviso
ou argumento.
os hastilhaços 
esvidraçados pelo amplo soalho
do quarto 
despedaçaram consigo 
os seus sonhos,
o alívio que mal chegara a sua alma
e já partira para outro 
canto

sem  pestanejo

quão breve é a bonança ?
estamos fadados ao fracasso?
quando surgirão as perspectivas de mudança?
devo crer em alguma coisa que elas sussurrarem aos meus ouvidos quando adetrarem as minhas entranhas?
... 

- Meu bem, não sofra.  

Lhe disse, 

- Amor, são apenas coisas.


Wednesday, October 18, 2017

one after the other

Preciso me lembrar, todos os dias, que
quem eu sou 
não corresponde à função social
ou expectativas
à mim atribuídas

. . . 


Memoro – todos os dias – quem eu sou

para não sucumbir à persona 
aferida a mim
diante dos civis
e suas convenções in sigmas

,


Espero inferir a cada circunstância 

fugaz e insípida
o mínimo do fragmento
de nosso chakras 
natal
em vida.

Assim sobrevivo ao magma 
 corrosivo 
da rotina,
(ao menos desta).