in the meantime

'ainda não consegui formular uma resposta.
Por enquanto, você ainda esbraveja,
xinga,
pode pisar 

pisoteie por enquanto,

enquanto ainda pode.

a cada porrada

ou fala mal pensada

o meu espírito se fortalece ainda mais -

massifica por dentro a resposta.
Logo mais ela desabrocha,

e esporra na sua cara ! 

toda essa merda e angústia que me faz sentir.'

the other side

fecharam as portas
se aprumaram para sair e já foram todos
não restou absolutamente ninguém in this empty room
só o nosso arrependimento de não ter submergido à tempo
remorso ou vontade de não ter existido?
não sei,
as sensações se confundem muito fácil

é mais difícil achar a chave de casa na hora de abrir a porta.

em suma todos nascemos sozinhos 
para outro lugar distante vamos
do mesmo jeito que chegamos

com a certeza de que não haverá ninguém do outro lado
para nos dizer


"seja bem-vindo"

\Venus

under the chords
I feel safe and soundly free

there's no judgment 

or excuses
I can just be who I really am 

cigarrets

Today I want to feel the crispy taste of our breaking down,

And I want to proced like we're never happened before

Antropofagia

Não existem ápices - conhecimento exaurido ou exaustão.
Existem recomeços - incremento de óptica, aglutinação.


Ana.G, 2012

Le matin

*Poem inspired by the song "Le Matin", of Yann Tiersen 

Boa noite Lua que fica. 

-Boa noite, minha filha,
E ela responde, “boa noite”
Decidida a fechar os olhos 
E aspergir no travesseiro 
todo resquício de sobejo 
Todo sussurro de pensamento.
 
Uma boa noite é o que lhe adentra Alma à fora,
Ignorando o espúrio da ausência...

Cresce, aos poucos, um mundo cheio de estrelas
Sem dor, nem tristezas
Opressão ou injustiça
Não há fome, nem guerras
Sem o frio da cobiça

O céu de preás e cotias
Claro e ladrilhado
Onde passos pequeninos pode se dar 

Abraços, alívios, sorrisos... 
Tudo isso numa "Boa noite",
é o que se espera.
Ao menos quando ela se deitar...

encore plus, ma petite! 
Vient ici:

Le Matin!

Illustration from "My Childhood", of Sveta Dorosheva.
 

Estórias de Bolso: A Passagem - Capítulo IV

As constelações aqui estão imersas no âmbito de fora
de longe, parecem esqueletos iguais aos que costumávamos ter

Eles nos disseram que haveria distrações,
mas o espaço continuaria a Expansão.


Após todos os relevos, tenho menos certeza da passagem,

Mas continuem sem o envólucro,
ainda ouvimos suas orações


há uma luz torturante,
nada podemos fazer dentro dela ao menos por enquanto

ASS: AlgumespÍRITOQualqUER Espírito

CAPÍTULOS ANTERIORES DE "A PASSAGEM"

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III